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Bolsonaro apresenta extratos bancários ao STF
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Dados constam as vendas de automóvel e jet-ski e ressarcimento de despesas com saúde.
- Por Camilla Ribeiro
- 25/08/2023 14h03 - Atualizado há 1 ano
O ex-presidente Bolsonaro (PL) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) extratos bancários dos quatro anos de todo o seu mandato enquanto presidente.
Os extratos foram apresentados uma semana após a decisão do ministro Alexandre de Moraes autorizar a quebra do sigilo.
Em uma petição que foi apresentada ao ministro do STF na quinta-feira (24), os advogados declararam que Bolsonaro se apresenta "de forma espontânea" para afastar a necessidade de "movimentar a máquina pública para apurar os dados bancários em questão".
"Em que pese a ausência de qualquer intimação que permitisse a confirmação de tal determinação, o peticionário comparece de forma espontânea aos presentes autos, para apresentar seus extratos bancários, do período em que atuou como Presidente da República, afastando a necessidade de se movimentar a máquina pública para apurar os dados bancários em questão", declara a petição assinada por Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser.
Os advogados também reivindicaram que o sigilo seja decretado nos autos.
"Considerando o teor dos documentos ora apresentados, requer a decretação do sigilo da presente petição e seus anexos. Não obstante, informa que está à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos acerca de sua movimentação bancária."
Os advogados de Bolsonaro vêm sistematizando informações para enviar ao STF, uma vez que a decisão de quebra de sigilo já havia sido tomada por Moraes.
Entre os dados apresentados e constam nos extratos estão as vendas de automóvel e jet-ski e ressarcimento de despesas com saúde.
"Como é cediço, o peticionário é ex-presidente da República Federativa do Brasil, tendo exercido a mais alta função do Poder Executivo ― para a qual foi eleito em pleito popular ―, pelo quadriênio compreendido entre os anos de 2019 e 2022, período em que sempre se manteve fiel aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade, pilares constitucionais que pavimentam a administração pública."
Moraes solicitou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-presidente e da ex-primeira dama em 17 de agosto.
Essa investigação ocorre por conta do recebimento de joias da Arábia Saudita que deveriam ser incorporadas à União o que não ocorreu.